Relatório Ambiental Preliminar e Estudo de Impacto Ambiental

A Geonoma está em campo realizando diagnósticos de flora para a elaboração de dois Relatórios Ambientais  Preliminares (RAP) e um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para viabilizar obras de melhorias ao longo da Rodovia Washington Luís, SP 310, e da Transversal Paulista, SP 333, próximo ao trecho de São Carlos e São José do Rio Preto no estado de São Paulo.

Estamos desenvolvendo estudos de cadastramento arbóreo, mapeamento e classificação da vegetação e inventários florestais usando toda a tecnologia disponível no mercado em geoprocessamento.

O objetivo é garantir que as obras de melhoria das rodovias atendam à legislação ambiental e possibilitem a mitigação de impactos ambientais.  

#GeonomaNoCampo

#GeonomaNoCampo - Monitoramento de plantio compensatório

#Geonoma vem realizando um trabalho de avaliação e monitoramento de uma área que está em processo de restauração florestal e faz parte de um projeto executado por uma grande empresa do setor da indústria química. O projeto, que soma mais de 30 anos, realiza ações de restauração às margens do rio Paraíba do Sul.

A Geonoma será responsável por realizar o monitoramento para avaliar a qualidade do plantio e também propor medidas de manejo adaptativo, a fim de favorecer o desenvolvimento das mudas.

Ao longo do projeto que prevê duração de 12 meses serão realizadas sucessivas avaliações quali e quantitativas para avaliar parâmetros como densidade de capim invasor, porcentagem de cobertura de copa, densidade e riqueza de espécies regenerantes.

Este acompanhamento da evolução do plantio é fundamental para garantir o sucesso das ações e o restabelecimento da vegetação nativa.

Série especial: o mercado de carbono

Tem novidade da Geonoma no Youtube! A partir dessa semana, 16/10, vamos postar uma série de vídeos para esclarecer as dúvidas mais comuns que aparecem no mercado de carbono no início, no meio e no final do desenvolvimento de um projeto.

Falaremos sobre as iniciativas de integridade ICVCM, VCMI E SBTI; o que é #NBS e quais são os tipos de projetos existentes; o que é adicionalidade; os requisitos mínimos para uma área ser elegível para um projeto de carbono; entre outros temas que costumam gerar diversas dúvidas e são curiosidades de quem acompanha este mercado.

Acompanhem o canal da Geonoma no Youtube, acionem o sininho e fiquem por dentro do mercado de carbono e de sustentabilidade.
É só acessar o link 🌳 https://www.youtube.com/@Geonoma

A série vai acontecer, com exclusividade, lá no canal! Vejo vocês por lá!

Geonoma + Mercuria

Com sua expertise em biodiversidade e ativos ambientais, a Geonoma está inserida em uma área em expansão: o mercado de carbono. Já a Mercuria Energy Trading, sócia da Geonoma, é a terceira maior trader global de energia e commodities.

Juntas, se tornaram uma potência e fortalecem o compromisso com o meio ambiente.

Compromisso Social e Ambiental

A Mercuria conta com equipes globais experientes em projetos de carbono de longo prazo. Além disso, as iniciativas sociais e de biodiversidade promovem renda adicional e melhores condições de vida para as comunidades locais.

Desenvolvendo Projetos de Crédito de Carbono

Com a Mercuria, a Geonoma se estabelece no mercado como uma desenvolvedora de projetos de crédito de carbono. Nossa parceria oferece segurança de liquidez e venda dos créditos gerados.

Mercado de Carbono em Crescimento

O mercado global de carbono tem apresentado um crescimento exponencial nos últimos anos, ultrapassando a marca de dois bilhões de dólares em negociações de créditos em Soluções Baseadas na Natureza (NBS) em 2022. A Geonoma, com sua experiência, oferece soluções completas de neutralização e redução de emissões, desempenhando um papel fundamental no Brasil.

Environmental Monitoring and the invasive marmosets

What is Environmental Monitoring?

We can say that environmental monitoring is basically a series of inventories of flora or fauna, carried out with the aim of knowing the biodiversity.

First, it is important to understand that it is impossible to know completely all the elements of biodiversity from an area, especially in regions as complex as tropical biomes. For this reason, something called sampling is applied in these studies of a place and evaluating whether it changes over time. 

In order to carry out a sampling of flora or fauna, there are specific inventory and monitoring methods that allow professionals in the environmental area to assess the different aspects of local biodiversity that satisfactorily represents its totality. These are works that require many hours in the field and a reasonable knowledge about identification, taxonomy and ecology of the groups that will be sampled. 

That’s why it is important that professionals who carry out this type of survey or environmental monitoring are highly qualified and specialists in their areas of expertise. This ensures more refined and reliable results.

Furthermore, the need for this knowledge becomes even more relevant when we talk about work carried out in the mega diverse tropical biomes that exist in Brazil, such as: 

In the consulting  services provided by Geonoma, we always seek the best possible quality, whether in the field, in the analysis of results or on the delivery of the final product.

Among the main areas of knowledge directly involved in environmental monitoring services, we can highlight the following:

When we talk about fauna or flora inventories, we are referring to the most direct and effective way to know part of the biodiversity of a given location. However, to include the time factor in this knowledge, it is necessary to carry out environmental monitoring studies in parallel. .

Trabalho de monitoramento ambiental
Forest monitoring study carried out by the Geonoma team. 

The importance of monitoring over time 

In general, environmental monitoring demands the same knowledge that is needed for a species inventory. The main difference between the two, as already mentioned, is the time scale over the samplings. 

 While the inventory makes a fixed picture of the richness and diversity of organisms in a given area, that is, on a restricted time scale, monitoring prolongs this process. 

 Here, environmental monitoring offers several portraits of species composition in the same area over a period of time.  

The intervals at which samplings must be resumed by professionals can vary greatly depending on the purpose of the study. 

 Such samplings may have intervals of:  

 These studies can bring several advantages from a scientific and conservationist point of view, as they allow accessing and understanding a little of the dynamics of ecosystems. The species composition of fauna and flora, as well as their populations, are always changing in density and diversity over time. This happens in every environment on the planet. These changes can say a lot about the conservation status of an area and reflect the presence of potential threats. 

 That’s why it is important that specialists from different areas of knowledge related to the environment are able to interpret these changes. 

 The teams formed by Geonoma are made of professionals capable of applying appropriate methodologies for each type of environmental assessment, and the results of these assessments can be used to answer questions associated with the sustainability and maintenance of ecological processes in natural areas. 

What questions can environmental monitoring answer?

Flora

Among the many questions that can be answered with monitoring studies, we can highlight, for example, the evaluation of vegetation regeneration dynamics in a given environment. 

 The eye of an experienced botanist in a long-term study can tell whether the plant species that are growing and developing in a disturbed area are part of stages of ecological succession [external link] that reflect the recovery of that ecosystem or not. 

 Another important form of evaluation is related to the presence of invasive plant species [external link] in a location, that is, species that are not native and their proliferation adversely affects the native species in the region. 

 Environmental monitoring can offer subsidies to verify if there is any competition between introduced exotic plants and native plants. If so, monitoring can also reveal how and where the management of invasive species is more urgent, depending on the case. 

Trabalho de monitoramento ambiental
Field work during an environmental monitoring study carried out by Geonoma. 

Fauna

Regarding the fauna, there are other questions that can also be answered with methodologies related to environmental monitoring. 

 The disappearance or persistence of some animal species in a region can reveal to a fauna specialist whether there is pressure from predatory hunting in the area, which is prohibited by law. 

 Furthermore, by evaluating the interaction of the animals with the environments where they live, it is possible to say whether they are able to circulate between fragments of forest divided into a discontinuous landscape. 

 The answer to these questions can help in taking measures to preserve these animal populations, such as, for example, the implementation of fauna passages to avoid roadkill and promote the connection between the fragments. 

 The presence of diseases or the pollution itself also tend to change the composition of animals and plants in a place. 

 Knowing how to determine and evaluate what the population fluctuations of bioindicator species mean also ends up reflecting on the well-being of the people themselves, who directly or indirectly share natural resources with these organisms.

The case of hybrid marmosets

Recently, in one of the environmental monitoring projects carried out by Geonoma, our team was faced with a situation that alerted our specialists about possible environmental problems that could be happening in the studied place. 

 The study in question had been carried out with bimonthly samplings, in a particular area that houses remnants of the Atlantic Forest in the interior of São Paulo. 

 During one of the campaigns, while the team was recording a group of black-pencilled marmosets  (Callithrix penicillata), an introduced species in the region, it was observed that one of the individuals was different, with a strange coat when compared to the others. 

 Subsequently, it was verified that this individual was possibly a hybrid between a black-pencilled marmoset and the Buffy-tufted-ear marmoset (Callithrix aurita), a native and endangered species. 

 The evidence that it was a hybrid individual came precisely from the animal's coat, which showed intermediate characteristics between the two species.

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Sagui registrado no monitoramentos ambiental
Hybrid marmoset observed by the Geonoma team during environmental monitoring in an area in the interior of São Paulo.

Invading marmosets documented during environmental monitoring 

Since the beginning of the monitoring carried out by Geonoma, our team has recorded groups of black-pencilled marmosets in the region. The black-pencilled marmoset is native to Brazil, but not to this location specifically. 

 Naturally, this species is native to cerrado areas, with original distribution in the states of Tocantins, Goiás, Bahia, Minas Gerais and São Paulo. 

 Both the black-pencilled marmoset and another species, native to northeastern Brazil, the common marmoset   (Callithrix jacchus), have been introduced in several regions of Brazil that do not correspond to their original distributions. 

 This happens because these little monkeys are captured in their natural environments and sold through the illegal trafficking of wild animals to people in various parts of Brazil. 

 People illegally buy marmosets probably because they are very charismatic animals. But some time after the purchase, they discover that these animals are not appropriate to serve as "pets". 

 Confined marmosets can become stressed and become aggressive when not handled properly, even biting and injuring their keepers.  These are animals that require a balanced diet, make a lot of mess, noise and live for a long time. 

 Faced with these unexpected "inconveniences", these people end up releasing the marmosets anywhere, introducing them to environments where they are not native. 

 So, without the adversities that their original environments would offer, such as predators, competition and resource limitations, these marmosets end up surviving and proliferating uncontrollably. 

 The problem is that these animals can cause great damage to local biodiversity. 

Among the main impacts that can cause are:  

The threat to native marmosets 

In southeastern Brazil, in specific regions such as the east of the State of São Paulo, the Pontal do Paranapanema, the basin of the Ribeira do Iguape River, and specific locations in RJ and MG, there is another native and very interesting species of native marmosets. 

 This species, known as marmoset, is endemic to the Atlantic Forest, only lives in forested areas and is classified as "endangered" of extinction by the International Union for Conservation of Nature (IUCN) . 

 This means that the populations of this animal are being worryingly reduced, to the point of being considered today as one of the 25 most endangered primate species in the world. According to ICMBio , the species may have lost at least 50% of its entire population in the last 18 years alone.

The main reasons for the current situation of conservation of the common marmoset are the fragmentation of habitats, the recent outbreak of yellow fever in 2017 and hybridization with introduced marmosets. 

 It was precisely one of these cases of hybridization that was documented by the Geonoma team during monitoring. 

 The main problem with these crosses between species of marmosets is the loss of genetic diversity suffered by the common marmoset, which is already so endangered. 

 This situation can greatly accelerate the process of extinction of the species, since there are invasive marmosets introduced throughout its punctual distribution area. 

 The accelerated proliferation of introduced marmosets and the increase of hybrids in so many natural areas, show us that there is a great risk for the conservation of the wild marmoset and this knowledge acquired through environmental monitoring is essential to devise strategies to save this species. 

 Do you understand how counting on the support of well-trained and prepared professionals can make all the difference in the Environmental Study you need to prepare?! Learn more about Geonoma's work and get in touch!  

Monitoramento Ambiental e os Saguis invasores

O que é Monitoramento Ambiental?

Podemos dizer que monitoramento ambiental é basicamente uma série de inventários da flora ou fauna, realizados com objetivo de conhecer a biodiversidade de um local e avaliá-la se modifica ao longo do tempo.

Primeiramente, é importante entender que é impossível conhecer completamente todos os elementos da biodiversidade de uma área, principalmente em regiões tão complexas como os biomas tropicais.

Por essa razão, aplica-se nesses estudos algo chamado amostragem.

Para realizar uma amostragem de flora ou fauna, existem métodos específicos de inventário e de  monitoramento que permitem aos profissionais da área ambiental avaliar os diferentes aspectos da biodiversidade local que represente de forma satisfatória sua totalidade.

Porém, esses trabalhos exigem muitas horas de campo e um conhecimento razoável sobre identificação, taxonomia e ecologia dos grupos que serão amostrados.

Por isso, é importante que os profissionais ao realizarem esse tipo de levantamento ou monitoramento ambiental sejam altamente qualificados e especialistas em suas áreas de atuação.

Isso garante resultados mais refinados e confiáveis.

Ademais, a necessidade desse conhecimento torna-se ainda mais relevante quando falamos em trabalhos realizados nos Biomas tropicais megadiversos que existem no Brasil, como:

Nos serviços de consultoria fornecidos pela Geonoma, sempre buscamos a melhor qualidade possível, seja em campo, nas análises dos resultados ou na entrega do produto final.

Entre as principais áreas de conhecimento envolvidas diretamente nos serviços de monitoramento ambiental, podemos destacar as seguintes:

Portanto, quando falamos em inventários de flora ou fauna, nos referimos à forma mais direta e eficaz para se conhecer parte da biodiversidade de uma determinada localidade. Entretanto, para incluir o fator tempo nesse conhecimento, é necessário realizar paralelamente estudos de monitoramento ambiental.

Trabalho de monitoramento ambiental
Estudo de monitoramento florestal realizado pela equipe da Geonoma.

A importância do monitoramento ao longo do tempo

De maneira geral o monitoramento ambiental demanda o mesmo conhecimento que é necessário para um Inventário de espécies.

Entretanto, a principal diferença entre os dois, como já foi dito, é a escala de tempo ao longo das amostragens.

Enquanto o inventário faz um retrato fixo da riqueza e diversidade de organismos em uma determinada área, ou seja, em uma escala de tempo restrita, o monitoramento prolonga esse processo.

Nesse sentido, o monitoramento ambiental oferece vários retratos da composição de espécies em uma mesma área ao longo de um intervalo de tempo.

Os intervalos em que as amostragens devem ser retomadas pelos profissionais podem variar muito dependendo do objetivo do estudo.

Tais amostragens podem ter intervalos de:

Esses estudos podem trazer várias vantagens do ponto de vista científico e conservacionista, pois permitem acessar e compreender um pouco da dinâmica dos ecossistemas.

A composição de espécies da fauna e flora, bem como suas populações, estão sempre mudando em densidade e diversidade ao longo do tempo.

Isso acontece em todos os ambientes do planeta.

Essas mudanças podem dizer muito sobre o estado de conservação de uma área e refletir a presença de potenciais ameaças.

Por isso é importante que especialistas em diversas áreas do conhecimento relacionados ao meio ambiente sejam capazes de interpretar essas mudanças.

As equipes formadas pela Geonoma são compostas por profissionais capazes de aplicar metodologias adequadas para cada tipo de avaliação ambiental, e os resultados dessas avaliações podem ser usados para responder perguntas associadas à sustentabilidade e manutenção dos processos ecológicos das áreas naturais.

Quais perguntas o monitoramento ambiental pode responder?

Flora

Entre as muitas perguntas que podem ser respondidas com estudos de monitoramento, podemos destacar por exemplo, a avaliação da dinâmica de regeneração da vegetação em um determinado ambiente.

O olhar de um botânico experiente em um estudo de longo prazo, pode dizer se as espécies de plantas que estão crescendo e se desenvolvendo em uma área perturbada fazem parte de estágios de sucessão ecológica que refletem a recuperação daquele ecossistema ou não.

Outra forma de avaliação importante tem relação com a presença de espécies vegetais invasoras em um local, ou seja, espécies que não são nativas e cuja proliferação prejudica negativamente as espécies nativas da região.

O monitoramento ambiental pode oferecer subsídios para verificar se está havendo alguma competição entre plantas exóticas introduzidas e plantas nativas.

Em caso de resposta afirmativa, o monitoramento também pode revelar como e onde o manejo das espécies invasoras é mais urgente, a depender do caso.

Trabalho de monitoramento ambiental
Trabalho de campo durante um estudo de monitoramento ambiental realizado pela Geonoma Florestal.

Fauna

Com relação à fauna, existem outras perguntas que podem ser respondidas também com metodologias referentes ao monitoramento ambiental.

O desaparecimento ou persistência de algumas espécies de animais em uma região, pode revelar para um especialista em fauna, se há pressão de caça predatória no local, o que é proibida por lei.

Além disso, avaliando a interação dos animais com os ambientes onde vivem, é possível dizer se estão conseguindo circular entre fragmentos de floresta divididos em uma paisagem  descontinua.

A resposta dessas perguntas pode ajudar na tomada de medidas para a preservação dessas populações de animais, como, por exemplo, a implementação de passagens de fauna para evitar atropelamentos e promover a conexão entre os fragmentos.

A presença de doenças ou a própria poluição também tendem a alterar a composição de animais e plantas de um local.

Saber determinar e avaliar o que significam as flutuações populacionais de espécies bioindicadoras, também acaba refletindo no bem-estar das próprias pessoas, que direta ou indiretamente compartilham os recursos naturais com esses organismos.

O caso dos saguis híbridos

Recentemente, em um dos projetos de monitoramento ambiental realizados pela Geonoma, nossa equipe se deparou com uma situação que alertou nossos especialistas sobre possíveis problemas ambientais que poderiam estar acontecendo no local estudado.

O estudo em questão vinha sendo realizado com amostragens bimestrais, em uma área particular que abriga remanescentes de Floresta Atlântica no interior de São Paulo.

Durante uma das campanhas, enquanto a equipe registrava um grupo de saguis-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), espécie introduzida na região, foi observado que um dos indivíduos era diferente, apresentando uma pelagem estranha quando comparado aos demais.

Posteriormente, foi verificado que esse indivíduo seria possivelmente um híbrido entre um sagui-de-tufos-pretos e o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), espécie nativa e ameaçada de extinção.

A evidencia de que se tratava de um indivíduo híbrido vinha justamente da pelagem do animal, que apresentava caracteres intermediários entre as duas espécies.

Sagui registrado no monitoramentos ambiental
Sagui híbrido observado pela equipe da Geonoma Florestal durante o monitoramento ambiental em uma área no interior de São Paulo.

Saguis invasores documentados durante monitoramento ambiental

Desde o início do monitoramento realizado pela Geonoma, nossa equipe registrava grupos de saguis-de-tufos-pretos na região.

O sagui-de-tufos-pretos é nativo do Brasil, porém não dessa localidade especificamente.

Naturalmente, essa espécie é nativa de áreas de cerrado, com distribuição original nos estados de Tocantins, Goiás, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Tanto o segui-de-tufos-pretos quanto outra espécie, nativa do nordeste do Brasil, o sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), tem sido introduzidas em várias regiões do Brasil que não correspondem a suas distribuições originais.

Isso acontece porque esses macaquinhos são capturados em seus ambientes naturais e vendidos pelo tráfico ilegal de animais silvestres para pessoas de vários locais do Brasil.

Pessoas compram ilegalmente saguis provavelmente por serem animais muito carismáticos.

Porém, algum tempo depois da compra, descobrem que esses animais não são apropriados para servirem como "pets".

Saguis confinados podem ficar estressados e se tornar agressivos quando não há um manejo adequado, chegando a morder e machucar seus mantenedores.

Além disso, são animais que exigem uma dieta balanceada, fazem muita sujeira, barulho e vivem bastante tempo.

Frente a esses "inconvenientes" inesperados, essas pessoas acabam soltando esses saguis em qualquer lugar, introduzindo-os em ambientes onde não são nativos.

Então, sem as adversidades que seus ambientes originais ofereceriam, como predadores, competição e limitações de recursos, esses saguis acabam sobrevivendo e se proliferando descontroladamente.

O problema com isso é que esses animais podem trazer grandes prejuízos para a biodiversidade local.

Entre os principais impactos que podem causar, estão:

A ameaça aos saguis nativos

No sudeste do Brasil, em regiões pontuais como  o leste do Estado de São Paulo, o pontal do Paranapanema, a bacia do Rio Ribeira do Iguape, além de localidades pontuais no RJ e MG, há uma outra espécie nativa e muito interessante de sagui nativo.

Essa espécie, conhecida como sagui-da-serra-escuro, é endêmica da Mata Atlântica, só vive em áreas florestadas e está classificada como "em perigo" de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Isso significa que as populações desse segui estão sendo preocupantemente reduzidas, a ponto de ser considerado hoje como uma das 25 espécies de primatas mais ameaçadas do mundo.

Segundo o ICMBio, a espécie pode ter perdido pelo menos 50% de toda sua população só nos últimos 18 anos.

Os principais motivos para a situação atual de conservação do sagui-da-serra-escuro são a fragmentação de habitats, o recente surto de febre amarela ocorrido em 2017 e a hibridação com saguis introduzidos.

Foi justamente um desses casos de hibridação que foi documentado pela equipe da Geonoma durante o monitoramento.

O principal problema desses cruzamentos entre as espécies de sagui é a perda de diversidade genética sofrida pelo sagui-da-serra-escuro, já tão ameaçado.

Essa situação pode acelerar muito o processo de extinção da espécie, já que há saguis invasores introduzidos em toda sua pontual área de distribuição.

A proliferação acelerada de saguis introduzidos e o aumento de híbridos em tantas áreas naturais, nos mostram que existe um grande risco para a conservação do sagui-da-serra-escuro e esse conhecimento desenvolvido através do monitoramento ambiental é essencial para traçar estratégias para salvar a espécie.

Percebe como contar com o apoio de profissionais bem capacitados e preparados pode fazer toda a diferença no Estudo Ambiental que precisa elaborar?! Saiba mais sobre o trabalho da Geonoma e entre em contato conosco!