#RaizesDaGeonoma: Athos Geraldo

Segunda-feira é dia de reunir toda a equipe no escritório da Geonoma e não é raro escutar que o final de semana dos funcionários foi regado por trilhas, passarinhadas, acampamentos e outras atrações voltadas à natureza. Foi bem novo para mim – uma pessoa urbana e concretada – quando a celebração de aniversário de 13 anos da Geonoma aconteceu na Serra da Mantiqueira e todos os colaboradores foram convidados a fazerem a trilha da cachoeira. Eu participei e tive uma aula de consciência ambiental e como é realizado um trabalho de campo. A cada dia que passa eu me apaixono mais pelo tema e pela responsabilidade que essa turma tem em garantir que o nosso meio ambiente seja respeitado e preservado.  

Mais um apaixonado pela natureza é o Athos Geraldo, biólogo que compõe a equipe da Geonoma e integrante sempre escalado para realizar as pesquisas realizadas no campo. Desde pequeno, tem o costume de estar no meio do mato, pois sempre frequentou o sítio do tio e teve contato com gado, galinhas, passarinhos e cobras. Aliás, um dia, decidiu pegar uma cobra e levar para casa, mas sua mãe o viu e, segundo ele, “ela ficou doida e mandou eu devolvê-la imediatamente no mato”, conta rindo. 

Com o passado no meio da natureza e, posteriormente, o contato que teve com biólogos em um de seus empregos logo que saiu da escola, o fez decidir em seguir para a biologia. “Eu reparava que os biólogos ficavam fora, em campo, por um período longo e, quando retornavam, escreviam as análises e estudavam aquilo que eles tinham visto” explica.  

Athos gosta de contar com a surpresa e a diversidade que o campo proporciona. “Eu nunca sei o que vou encontrar no campo e essa situação de poder encontrar diversos cenários é encantadora”, finaliza. Ele tem paixão pela restauração, onde é possível plantar e acompanhar o crescimento de uma nova floresta ao longo dos anos. Apesar de demorado, ele reforça a relevância de poder ver que uma determinada área está sendo restaurada e que o trabalho dele está contribuindo para a qualidade do futuro do planeta.  

Nem tudo que acontece no campo são flores, mas apesar de enfrentar dificuldades, Athos sempre busca encontrar formas de tornar os projetos viáveis e executáveis.  

Curiosidades 

Por pura curiosidade, Athos decidiu começar a plantar cogumelos em seu sítio. E o cultivo deu certo! A primeira colheita resultou em 20 quilos de shitake: uma metade ele doou e a outra ele comeu.  

Ele adora psicologia e, sempre que está conversando com alguém, tenta compreender a características e qualidades de cada um, mas não dá conselhos!  

Por conta de seu nome e por relação com o filme “Os três Mosqueteiros”, quando pequeno, ele adorava brincar de espada. “Qualquer pedaço de madeira virava uma espada para mim”. Graças aos ensaios feitos na infância, hoje ele diz saber conduzir muito bem um facão quando está no campo.  

Procrastina ir para a academia (não julgaremos, afinal, quem nunca) e não poderia ser contador por nada nesse mundo por conta da necessidade de ficar em frente ao computador o tempo todo, lidando com muita burocracia. 

Há um tempo, Athos precisou fazer um trabalho de 80 dias no Maranhão e, por lá, encontrou desafios como muita chuva e uma área imensa. Mas, durante sua folga pôde conhecer os Lençóis Maranhense e o Delta do Parnaíba.