Selo ouro - Inventário de emissões de gases de efeito estufa

A Geonoma participou do Ciclo 2024 do Programa Brasileiro GHG Protocol e obteve o Selo Ouro por ter publicado um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) completo e verificado por terceira parte.

Realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (@FGVces), o Programa Brasileiro GHG Protocol é responsável pela adaptação do método GHG Protocol ao contexto brasileiro e pelo desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEE) corporativas. Para saber mais, acesse: http://www.fgv.br/ghg

Neste ano, a divulgação dos resultados do Ciclo 2024 acontecerá em 21 de agosto na EAESP FGV, em São Paulo. O evento é fechado para as organizações membro do Programa, mas será transmitido ao vivo pelo YouTube. Inscrições em: https://lnkd.in/dXz9-E-T

Concessão Florestal para Restauração Ecológica

O Governo do Pará lançou, esta semana, a consulta pública do Pré-edital de Concessão Florestal para a prática de Restauração Ecológica, com possibilidade de geração de créditos de carbono, na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, em São Félix do Xingu.

Este é um projeto inédito com o objetivo de recuperar áreas degradadas, sendo a Geonoma responsável pela parte técnica. O projeto ainda conta com a participação da Plantuc, Maciel Rocha Advogados, Vallya e coordenação da TNC.

A concessão para a restauração é uma alternativa ainda pioneira, que transfere ao setor privado ou instituições da sociedade civil terras públicas degradadas, com o objetivo de serem recuperadas. O uso é por tempo pré-determinado, e as condições, contrapartidas e formas de obtenção de recursos são pré-estabelecidas em contrato, focando-se neste projeto na geração de créditos de carbono.

Esta é uma iniciativa pertencente às ações estratégicas para o alcance da meta do Estado do Pará em recuperar 5,6 milhões de hectares até 2030 e a Geonoma se orgulha em contribuir com este grandioso objetivo

O edital e anexos podem ser acessados neste link: https://www.semas.pa.gov.br/consulta-publica-da-unidade-de-recuperacao-triunfo-do-xingu/

Muito além do mel e da produção agrícola

Viajamos até Pernambuco e Alagoas para analisar o projeto “Long term Conservation of the Atlantic Forest in Northeast Brazil: Murici-Urubu Landscape” conduzido pela WWF-Brasil e SAVE Brasil na região da Serra Urubu-Murici. O objetivo do projeto é evitar o desmatamento fortalecendo as atividades econômicas sustentáveis locais. Nós, como integrantes do programa, temos a missão de ajudar a fortalecer a geração de renda, a conservação dos remanescentes da Mata Atlântica, a cadeia do mel e a produção agrícola sustentável.

Durante a viagem, visitamos São Benedito do Sul em Pernambuco e as regiões de União dos Palmares e Murici no Alagoas. Em todas as cidades, nos deparamos com pessoas engajadas em preservar as matas da região mesmo com o fomento de seus negócios.

Conhecemos moradores que, como pequenos produtores, trabalham com produção agroflorestal e vendem seus produtos naturais em feiras nos arredores. Apesar da insegurança dos produtores, eles contam com uma Secretaria de Agroecologia para levar empoderamento, capacitação e autoestima para homens e mulheres que trabalham diariamente no cultivo de diversos produtos. A conscientização também está dentro das escolas locais, onde os próprios alunos vendem aquilo que produzem. 

Os produtores enfrentaram as dificuldades impostas pelo desmatamento e pela saída da produção de cana na região. Muitos perderam seus empregos e enxergaram, nessas pequenas produções, formas justas de implementarem seus negócios.

Outra veia econômica muito forte é a produção de mel. Além de cultural, o produto é usado como medicina alternativa pelos moradores.  Ao nos aproximarmos das casas dos criadores, pudemos ver pequenas caixas de madeira penduradas no telhado. O curioso foi descobrir que as caixas abrigavam colmeias de abelhas Uruçu, abelhas nativas sem ferrão, que além de produzirem um mel muito valioso são essenciais para a manutenção de um ecossistema ecossistema equilibrado. Na região também são cultivadas as abelhas italianas (exóticas e com ferrão) e todo o mel produzido é envazado e revendido nas feiras locais, sendo assim reabsorvidos pela população da região.  Com a criação das abelhas pode-se notar uma melhora na produção local. É sabido que elas trabalham junto aos produtores na polinização e na preservação daquele ambiente. 

Famílias inteiras dependem da conservação destas áreas para tirarem seus sustentos daquilo que a terra e as abelhas dão. Portanto, preservar aquela região faz parte do dia a dia de todos aqueles que conversamos ao longo dos dias que estivemos por lá.