#RaizesDaGeonoma: Matheus Barros

Muitos dados são analisados diariamente na Geonoma para que se tenha conhecimento da área e seja adotada a melhor metodologia possível para a realização dos projetos. São dezenas de shapes, pontinhos em mapas, recortes de vegetações que são compartilhados entre os integrantes da equipe para que seja estudado minuciosamente aquela determinada região. 

Falando em dados, na Geonoma temos um super especialista no assunto. Não foi só a Coca-Cola que colocou a pequena cidade de Aiuruoca, em Minas Gerais, no mapa depois de fazer uma propaganda com uma atriz famosa nascida por lá. A cidade com um pouco mais de 6.500 habitantes também apresentou um talento na análise de dados e geoprocessamento: Matheus Barros. O primeiro curso foi Engenharia da Computação, mas Matheus percebeu que faltava algo que desse mais cor a sua escolha. E como veio de um ambiente rodeado por natureza, ele decidiu mudar para a Engenharia Ambiental. 

Durante um intercâmbio proporcionado pelo programa Ciências sem Fronteiras na Califórnia, Matheus teve a chance de se aprofundar em Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Essa foi combinação perfeita da lógica de programação que ele adquiriu em Engenharia da Computação com os conhecimentos adquiridos em Engenharia Ambiental. Tão comprometido estava com sua paixão que optou por abrir mão de uma viagem de férias ao Havaí, para conseguir completar a especialização de um ano e meio em SIG em apenas um ano. Em seguida, seguiu os passos para um mestrado realizado na Alemanha, deu uma passadinha na Índia (depois eu conto sobre essa ponte aérea) e voltou ao Brasil pronto para implementar seus conhecimentos. 

Matheus é bastante conectado com políticas públicas tem a vontade de desenvolver projetos que tenham um impacto positivo em um grande número de pessoas. “Meu objetivo é utilizar o SIG para informar decisões que ressoem não apenas localmente, mas também em escala global, garantindo que minhas ações beneficiem a sociedade de forma ampla." 

No passado já contribuiu com a Polícia Militar para ajudá-los a detectar crimes ambientais no sul de minas. “Antes, os crimes ambientais eram registrados, mas sem o componente espacial para determinar a localização de cada ação. Eu desenvolvi uma plataforma WebGIS onde podíamos ver em tempo real onde esses crimes estavam acontecendo”, explica.   

Ele me explica que (quase) tudo tem um componente geoespacial hoje em dia. Até uma simples mensagem tem uma coordenação espacial. “A área digital está em constante crescimento então eu preciso estar aprendendo diariamente”.  

Curiosidades 

É afinado ao assobiar e toca diversos instrumentos nas horas vagas. Tanto é que aproveita esse tempo para tocar saxofone, gaita, flauta transversal, sanfona entre outros.  

Ele me contou que, quando acabou o mestrado na Alemanha, decidiu fazer um curso intensivo de três meses de ioga na Índia.  “Essa se tornou uma viagem inesquecível porque mudou muito a minha cabeça e a minha forma de pensar”, conta. 

As melhores lembranças da infância se passam em Aiuruoca, na roça onde sua avó morava, ao lado do fogão a lenha para esquentar as mãos enquanto ela preparava o café da manhã. Ele descreveu todos os estágios dessas manhãs. Talvez possa ser uma influência para algo que ele adora fazer: cozinhar. Mas procrastina lavar louças.   

Eu não poderia deixar de mencionar o talento que Matheus tem de trazer, além de muito conhecimento, queijos e doces deliciosos de Minas para a Geonoma.